Atitudes dos professores de formação rodoviária em formação para educar condutores com risco zero

Resumo

Existem poucas investigações sobre as atitudes dos professores de formação rodoviária relativamente ao ensino da condução segura.  Os dados relativos à sinistralidade mostram a necessidade de investigar o papel deste profissional na capacitação dos condutores, uma vez que, a nível internacional, a educação se destaca como uma ferramenta imprescindível para melhorar a segurança rodoviária. Foi aplicado a uma amostra de 378 formandos um questionário para avaliar a vontade dos professores de ensinarem uma condução segura (EPRECONS). Os resultados mostram que o questionário tem boas propriedades psicométricas.  Todos os 9 fatores contribuem para explicar a variável dependente, embora os que melhor o fazem sejam: “antecipação ao risco”, “prática de condução segura” e “controlo social de riscos”, todos eles relacionados com o comportamento da pessoa enquanto condutora. Existem algumas diferenças nos modelos por sexo: nos homens, a predisposição para formar condutores seguros é explicada principalmente pelo fator “prática de condução segura”, enquanto nas mulheres, é explicada pelo fator “antecipação ao risco”. As professoras revelam níveis mais elevados de confiança em “álcool e condução” e níveis mais elevados de competência em “transmissão de sentimentos”. Os resultados obtidos representam um avanço notável em termos da sua contribuição para a conceção de ações de formação relacionadas com a formação destes profissionais e permitem considerá-los como modelos de ensino com impacto na formação inicial de condutores seguros, favorecendo, assim, a redução da sinistralidade e avançando para o risco zero.