O trabalho do assistente social na saúde mental: a experiência dos CAPSIII/CERSAMs de Minas Gerais (Brasil)
DOI:
https://doi.org/10.30827/tsg-gsw.v9i17.9181Palabras clave:
Serviço Social, saúde mental, trabalho do Assistente Social, técnico de referência, pensamento crítico-dialéticoResumen
Este artigo apresenta dados parciais da nossa pesquisa de doutorado sobre o trabalho dos Assistentes Sociais nos serviços substitutivos ao manicômio, no estado de Minas Gerais (Brasil), especificamente nos Centros de Atenção Psicossocial – CAPS III. O objetivo principal com esta pesquisa foi identificar e problematizar o trabalho realizado pelos Assistentes Sociais na saúde mental, a partir da forma como estes profissionais captam seu exercício profissional. Assim, identifica e problematiza a intervenção profissional nesta área, a fim de apreender se esses profissionais incorporam, ou não, o pensamento crítico-dialético e se isso viabiliza ou não uma intervenção profissional crítica nos rumos aludidos pelo atual Projeto Profissional crítico do Serviço Social. Foi possível verificar como a incorporação da função de “Técnico de Referência” gera relativa subordinação do trabalho dos Assistentes Sociais a esta função genérica e inespecífica, cuja atuação caracteriza-se por ser individualizante e subjetivista, demandando dos Assistentes Sociais conhecimentos específicos em psicanálise e psicopatologia, o que contraria a atual direção social do Projeto Profissional Crítico do Serviço Social brasileiro, construído no acúmulo do debate profissional dos últimos 40 anos.
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