Lisboa, cidade aberta e fechada: das novas leituras em espaços públicos

Autores/as

DOI:

https://doi.org/10.32112/2174.2464.2019.290

Palabras clave:

Bibliotecas ao ar livre, Cultura de massas, Censura, Educação popular, história da leitura, Imaginário cultural, Modernidade cultural, Nacionalismo, Política cultural, Democratização, Educação e cultura, Portugal, Mulher

Resumen

Neste texto analisa-se o alcance educativo e sociocultural das bibliotecas ao ar livre na Lisboa novecentista, expoente em Portugal duma tendência internacional de modernização dos serviços bibliotecários. Expõem-se os limites da modernidade cultural numa sociedade em que a democratização educativa e cultural foi muito constrita e lenta mas na qual as sociabilidades de rua, as experiências educativas e o dinamismo sociocultural urbano foram amiúde expressivos. Verifica-se ainda como a função educativa da biblioteca teve sentidos distintos, consoante as concepções político-ideológicas dominantes, passando-se do potencial progressista e emancipatório do período republicano para a tónica na censura e no controle ideológico durante a ditadura salazarista. A ânsia de domesticação, pelas autoridades, de grupos de leitores emergentes enfrentou opções inexoráveis, pela imprensa e por uma leitura mais recreativa e ligada à indústria cultural ocidental. Ademais, a frequência destes espaços extra-domésticos contribuiu para a paulatina libertação feminina do patriarcalismo, plenamente assumida no pós-ditadura.

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Biografía del autor/a

Daniel MELO, Universidade Nova

Investigador integrado no CHAM — Centro de Humanidades/ Centre for the Humanidades, Faculdade de Ciêncais Sociais e Humanas, Universidade Nova de Lisboa.

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Publicado

2019-05-30

Cómo citar

MELO, D. (2019). Lisboa, cidade aberta e fechada: das novas leituras em espaços públicos. Impossibilia. Revista Internacional De Estudios Literarios, (17), 148–179. https://doi.org/10.32112/2174.2464.2019.290