Da porcelana chinesa à pintura do Rio das Mortes, Minas Gerais

Autores/as

  • Letícia Martins de Andrade Universidade Federal de São João-del Rei
  • Luciana Braga Giovannini Universidade Federal de Minas Gerais

DOI:

https://doi.org/10.30827/quiroga.v0i23.0002

Palabras clave:

Casa do Padre Toledo, Manoel Victor de Jesus, Pintura colonial mineira, Porcelana chinesa de exportação, Trânsito cultural

Resumen

O artigo promove uma reflexão sobre a circulação global de objetos e modelos artísticos durante o século XVIII e início do XIX, propondo a ornamentação das porcelanas chinesas como referência formal para a pintura da comarca do Rio das Mortes (Brasil). As porcelanas são colocadas em diálogo com o ciclo dos Cinco sentidos da Casa de Padre Toledo e é feita uma análise de sua possível interlocução com o repertório visual do círculo de pintores atuantes ao lado de Manoel Victor de Jesus.

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Biografía del autor/a

Letícia Martins de Andrade, Universidade Federal de São João-del Rei

Doutora em História e mestre em História da arte e da cultura pela Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), professora associada do Departamento de Ciências Sociais da Universidade Federal de São João del-Rei.

Luciana Braga Giovannini, Universidade Federal de Minas Gerais

Doutora em História pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), mestre em História pela Universidade Federal de São João del-Rei (UFSJ) e graduada em Ciências Sociais pela Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF).

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Publicado

2024-10-30

Cómo citar

Martins de Andrade, Letícia, y Luciana Braga Giovannini. 2024. «Da Porcelana Chinesa à Pintura Do Rio Das Mortes, Minas Gerais». Quiroga. Revista De Patrimonio Iberoamericano, n.º 23 (octubre):40-53. https://doi.org/10.30827/quiroga.v0i23.0002.