Reflexões sobre os estudos de criminalidade e segurança pública: o papel do projeto Erasmus-Success na UFMG
DOI:
https://doi.org/10.30827/rec.10.34164Palavras-chave:
Criminalidade, Segurança pública, Formação, Especialização, Erasmus-SuccessResumo
Este artigo busca refletir sobre os estudos de criminalidade e segurança pública na Universidade Federal de Minas Gerais, a partir da experiência do curso de especialização reformulado em decorrência do projeto Erasmus-Success, realizado entre 2020 e 2023. Para tanto, nos valemos dos relatórios dos pacotes de trabalho do próprio projeto, além dos dados extraídos dos questionários socioeconômicos dos discentes matriculados no curso em 2023, das justificativas para a desistência e, ainda, de entrevistas semiestruturados realizadas com voluntários que ainda estão matriculados como estudantes do curso em 2024 sobre os aspectos positivos e negativos desta formação. Os resultados revelam os impactos positivos do projeto Erasmus-Success na formação em criminologia dentro do CRISP/UFMG, mas ressaltam a necessidade de uma abordagem mais sensível às temáticas decoloniais e uma possível reformulação do curso de especialização para melhor atender às necessidades dos alunos.
Referências
Adorno, S. (1995). Discriminação racial e justiça criminal em São Paulo. Novos Estudos CEBRAP, 43, 45–63.
Alvarez, M. C. (2002). A criminologia no Brasil ou como tratar desigualmente os desiguais. Dados, 45, 677–704.
Ballesteri, R. (2010). Experiência: Rede Nacional de Altos Estudos em Segurança Pública (Renaesp). Brasília: ENAP. Disponível em: https://repositorio.enap.gov.br/handle/1/260. Acesso em 27 de julho de 2020.
Beato, C. (2008). Compreendendo e avaliando: projetos de segurança pública. Belo Horizonte: Editora UFMG.
Campos, M. da S., & Alvarez, M. C. (2017). Políticas públicas de segurança, violência e punição no Brasil (2000–2016). In Sociologia brasileira hoje (pp. 143–216). São Paulo: Ateliê.
Carrington, K., Hogg, R., & Sozzo, M. (2016). Southern Criminology. British Journal of Criminology, 56(1), 1–20.
Castro, L. A. (1985). Fundamentos, aportes y líneas de desarrollo posibles de una criminología de la liberación. Nuevo Foro Penal, 29, 351.
Ferreira, D. V. de S., Rossoni, L., & Oliveira, C. R. de. (2022). Lógicas institucionais do policiamento comunitário: esquema analítico e agenda de pesquisa para o contexto brasileiro. Revista de Administração Pública, 56, 134–162.
Goyes, D. R., & Sozzo, M. (2023). Latin American criminologies: origins, trajectories and pathways. Justice, Power and Resistance, 6(1), 2–18.
Huggins, M. K. (2013). Modern institutionalized torture as state-organized crime. In State crime in the global age (pp. 94–113). Willan.
Kant de Lima, R. (2013). Entre as leis e as normas: Éticas corporativas e práticas profissionais na segurança pública e na Justiça Criminal. Dilemas - Revista de Estudos de Conflito e Controle Social, 6(4), 549–580.
Kopittke, A. L. W., & Ramos, M. P. (2021). O que funciona e o que não funciona para reduzir homicídios no Brasil: uma revisão sistemática. Revista de Administração Pública, 55, 414–437.
Lima, R., et al. (2016). Avaliação de resultados da rede nacional de altos estudos em segurança pública (RENAESP). In Pensando a segurança pública - volume 6. Brasília: Ministério da Justiça.
Madeira, L. M., & Rodrigues, A. B. (2015). Novas bases para as políticas públicas de segurança no Brasil a partir das práticas do governo federal no período 2003–2011. Revista de Administração Pública, 49, 3–22.
Marques, A. (2017). Humanizar e expandir: Uma genealogia da segurança pública em São Paulo. Tese de doutorado, Universidade Federal de São Carlos, São Carlos.
Olmo, R. del. (2004). A América Latina e sua criminologia. Rio de Janeiro: Editora Revan.
Olmo, R. del. (1999). The development of criminology in Latin America. Social Justice, 26(2 vol. 76), 19–45.
Ribeiro, L. (2018). Polícia Militar é lugar de mulher? Revista Estudos Feministas, 26, e43413.
Ribeiro, L., & Correa, R. M. (2013). Recent books on crime and police in Brazil. Police Practice and Research, 14(4), 338–346.
Ribeiro, L., & Teixeira, A. (2017). O calcanhar de Aquiles dos estudos sobre crime, violência e dinâmica criminal. Revista Brasileira de Informação Bibliográfica em Ciências Sociais.
Sapori, L. F. (2007). Segurança pública no Brasil: desafios e perspectivas. Rio de Janeiro: FGV Editora.
Silva, J. K., Rudnicki, D., & Campos, C. H. (2023). Percepções sobre a igualdade entre homens e mulheres na Polícia Militar do Rio Grande do Sul. Revista Brasileira de Segurança Pública, 17(1), 254–269.
Soares, L. E. (2007). A Política Nacional de Segurança Pública: histórico, dilemas e perspectivas. Estudos Avançados, 21(61), 77–97.
Vander Laenen, F. (2015). Not just another focus group: making the case for the nominal group technique in criminology. Crime Science, 4(1), 1–12.
Vasconcelos, F. T. R. (2017). As ciências sociais brasileiras e a formação do “campo da segurança pública”. Revista Brasileira de Sociologia, 5(9), 33–58.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución 4.0.
