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Autores

  • Cláudio Alexandre S. Carvalho FCT – Fundação para a Ciência e Tecnologia/ Unidade I&D LIF – Linguagem, Interpretação e Filosofia, Universidade de Coimbra
N.º 1 (2011), Artigos, Páxinas 383-404
DOI: https://doi.org/10.30827/dreh.v0i1.7176
Recibido: Mar 1, 2018 Aceito: Mar 1, 2018 Publicado: Mar 1, 2011
Como Citar

Resumo

No presente trabalho defende-se que, apesar de grande parte da violência entre parceiros íntimos ter origem em fatores endémicos – inerentes às elevadas expectativas em que está sustentada a comunicação na intimidade –, ela não pode ser adequadamente compreendida cindida do entorno sociocultural, no qual a normatividade de género assume grande relevância. A intimidade é caracterizada por uma dependência paradoxal relativamente aos processos comunicativos exteriores onde tomam parte os seus "membros", sendo que no que concerne aos padrões de género, ela não é somente reprodutora das assimetrias simbólicas, mas é também, e sobretudo, recetáculo da sua crescente fluidez. Sendo certo que as atribuições de género se tendem a concretizar por negociação interativa, na intimidade subsistem certas determinações tradicionais. Neste ponto, as conceções de amor romântico assumem um papel preponderante, propiciando diferenciais de poder e distribuição de recursos, mas camuflando também práticas de abuso que têm o seu extremo no recurso à violência.

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Como Citar

S. Carvalho, C. A. (2011). Importância e enquadramento do factor género na reprodução da violência das relações íntimas. DEDiCA. Revista De Educação E Humanidades, (1), 383–404. https://doi.org/10.30827/dreh.v0i1.7176