Revista científica electrónica de Educación y Comunicación en la Sociedad del Conocimiento
Publicación en línea (Semestral) Granada (España) Época II Vol. 23 (2) Julio-Diciembre de 2023 ISSN: 1695-324X
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DOI: http://doi.org/10.30827/eticanet.v23i2.28498
para melhorar suas capacidades. Além disso, a IA necessita ser concebida de
forma ética, não discriminatória, equitativa, transparente e verificável e que o
seu impacto nas pessoas e na sociedade deve ser monitorado e avaliado ao
longo de cadeias de valor.
Até o momento, mesmo os especialistas mais experientes encontram
dificuldades em achar uma definição que encerre noções, conceitos e
finalidades da IA de forma completa. Alguns motivos podem ser elencados para
isso, dentre os quais aquele mencionado por Bostrom, quando assevera que
“muita IA de ponta foi filtrada em aplicações gerais, muitas vezes sem ser
chamada assim, porque uma vez que algo se torna suficientemente útil e
comum, não é mais rotulado de inteligência artificial” (Luckin & Holmes, 2016,
p.39). Todavia, pode-se afirmar que se trata de um campo interdisciplinar, com
perspectivas e terminologias próprias, e em constante mudança (Arrieta et al.,
2020).
A utilização da IA em aplicações cotidianas tem revolucionado diversas ações
da sociedade e ela tem se tornado como uma tecnologia emergente (Kaufman,
2019). Porém, existe a necessidade urgente dos pesquisadores entenderem
como um sistema de IA pode impactar decisões humanas (Ferreira & Monteiro,
2020). Nesse sentido, embora a IA esteja se tornando cada vez mais integrada
à tecnologia voltada para o usuário, a compreensão dessas tecnologias pelas
pessoas é, muitas vezes, limitada. Assistentes virtuais com IA como Alexa da
Amazon, Siri da Apple e Google Assistant sugerem produtos e serviços de
acordo com o interesse do usuário. As aplicações da IA se expandem à saúde,
finanças, indústria, educação, etc. Para as crianças, a IA está presente em
diferentes brinquedos tanto para diversão como com potencial pedagógico. No
entanto, os usuários raramente reconhecem que estão interagindo com
aplicações que utilizam elementos da IA e esse fato limita o ato de se
posicionarem como consumidores conscientes. Desse modo, é importante
investigar quais competências podem ser desenvolvidas, desde a Escola
Básica, para que os usuários possam interagir com tais produtos e serviços e
poder avaliá-los criticamente, tanto atualmente como futuramente.
Há na literatura pesquisas (Gadanidis, 2016; Hwang & Tu, 2021) que indicam
algumas destas competências por meio de procedimentos que, em alguns