Revista científica electrónica de Educación y Comunicación en la Sociedad del Conocimiento
Publicación en línea (Semestral) Granada (España) Época II Año XVIII Vol. 18 (2) Julio-Diciembre de 2018 ISSN: 1695-324X
https://revistaseug.ugr.es/index.php/eticanet
DOI: http://dx.doi.org/10.30827/eticanet.v18i2.11894
316
SATISFAÇÃO COM A EDUCAÇÃO RECEBIDA E
RENDIMENTO ACADÉMICO EM ESTUDANTES DO
ENSINO SUPERIOR DA CIDADE DA BEIRA,
MOÇAMBIQUE
Satisfacción con la educación recibida y rendimiento académico en estudiantes
de Educación Superior de la Ciudad de Beira, Mozambique
Student’s satisfaction with college education y academic performance of Higher
Education students of the City of Beira, Mozambique
Djossefa José Nhantumbo
Djossefa.jose@gmail.com
Universidade Pedagógica (Moçambique)
Ángel Boza Carreño
https://orcid.org/0000-0002-3395-42IX
Universidade de Huelva (Espanha)
Aboza@uhu.es
Bridgette Simone Bruce-Nhantumbo
bridgettesbruce@gmail.com
Universidade Zambeze (Moçambique)
Recibido: 22/10/2018
Revisado: 31/10/2018
Aceptado: 27/11/2018
Resumo
O estudo da satisfação estudantil no círculo universitário é de vital importância,
dado o seu papel nas relações cotidianas que se estabelecem entre indivíduos
e instituições. A presente pesquisa busca identificar o grau de satisfação com a
educação recebida e o rendimento académico em estudantes universitários.
Participaram do estudo 400 estudantes de quatro Instituições de Ensino
Revista científica electrónica de Educación y Comunicación en la Sociedad del Conocimiento
Publicación en línea (Semestral) Granada (España) Época II Año XVIII Vol. 18 (2) Julio-Diciembre de 2018 ISSN: 1695-324X
https://revistaseug.ugr.es/index.php/eticanet
DOI: http://dx.doi.org/10.30827/eticanet.v18i2.11894
317
Superior (IES), duas públicas e outras duas privadas, sediadas na Cidade da
Beira, Moçambique. Para a obtenção dos dados da satisfação estudantil foi
aplicado o Questionário da Satisfação dos Estudantes Universitários com a
Educação (SEUE) de Gento Palacios & Vivas Garcia (2003), que seguiu um
processo de validação para utilização na presente pesquisa. A análise factorial
feita para confirmar a estrutura do Questionário original reduziu o mero de
itens de 93 para 88, divididos em dez dimensões. Os dados do rendimento
académico foram obtidos com recurso à obtenção das notas académicas do
primeiro semestre do ano lectivo 2016. Os resultados evidenciam que os
estudantes em geral estão satisfeitos (59%) com a educação que recebem.
Quanto ao rendimento, a maioria dos estudantes reportou um rendimento
académico classificado de suficiente (64.25% dos estudantes), neste caso no
limite para aprovar o semestre. O tipo de IES é um factor determinante da
satisfação estudantil e do rendimento académico. Não se constatou nenhuma
influência do sexo, Estatuto socioeconómico (ESE) ou do Agregado familiar na
satisfação estudantil e rendimento académico. Foi reportada uma relação
significativa e positiva entre a satisfação e o rendimento académico. Acções
são encorajadas para melhorar a satisfação estudantil e o rendimento escolar,
destacando-se neste aspecto a melhoria da qualidade dos serviços oferecidos
nas IES da Cidade da Beira.
Resumen
El estudio de la satisfacción estudiantil en el círculo universitario es de vital
importancia dado su papel en los relacionamientos cotidianos que se
establecen entre individuos e instituciones. La presente investigación tiene
como objetivo identificar el grado de satisfacción con la educación recibida y el
rendimiento académico en estudiantes universitarios. Participaron en el estudio
400 estudiantes de cuatro Instituciones de Educación Superior (IES), dos
públicas y otras dos privadas, localizadas en la Ciudad de Beira, en
Mozambique. Para la obtención de los datos de la satisfacción estudiantil fue
aplicado el cuestionario de la Satisfacción de los Estudiantes Universitarios con
la Educación (SEUE) de Gento Palacios & Vivas Garcia (2003), que siguió un
proceso de validación para su uso en la presente pesquisa. El análisis factorial
hecho para confirmar la estructura del cuestionario original redujo el número de
Revista científica electrónica de Educación y Comunicación en la Sociedad del Conocimiento
Publicación en línea (Semestral) Granada (España) Época II Año XVIII Vol. 18 (2) Julio-Diciembre de 2018 ISSN: 1695-324X
https://revistaseug.ugr.es/index.php/eticanet
DOI: http://dx.doi.org/10.30827/eticanet.v18i2.11894
318
ítems de 93 para 88 divididos en diez dimensiones. Los resultados evidencian
que los estudiantes en general están satisfechos (59%) con la educación que
reciben. Cuanto al rendimiento, la mayoría de los estudiantes reportó un
rendimiento académico clasificado de suficiente (64.25% de los estudiantes),
en este caso en el límite para aprobar el semestre. El tipo de IES es un factor
determinante de la satisfacción estudiantil y del rendimiento académico. No se
ha constatado ninguna influencia del sexo, Estatuto socioeconómico (ESE) o
del Agregado familiar en la satisfacción estudiantil y rendimiento académico.
Fue reportada una relación significativa y positiva entre la satisfacción y el
rendimiento académico. Acciones son encorajadas para mejorar la satisfacción
estudiantil y el rendimiento escolar, destacándose en este aspecto la mejoría
de la calidad de los servicios ofrecidos en las IES de la Ciudad de Beira.
Abstract
Student’s satisfaction research in the university environment is vital due to its
role in the daily relationships established between individuals and institutions.
This study aims to identify the level of satisfaction with college education and
academic performance among University Students. 400 students from four
Higher Education Institutions (HEI), two public and the other two private, based
in the City of Beira, in Mozambique. Student’s satisfaction with their college
education questionnaire (SEUE) of Gento Palacios & Vivas Garcia (2003) was
used to collect student satisfaction data. This instrument went through a
validation process so it could be used in the current research. Factorial analysis
was done to confirm the structure of the original instrument, which reduced the
number of items from 93 to 88 divided by 10 dimensions. Academic
performance data was collect from the 2016 first semester academic records.
The results showed that the students were overall satisfied (59%) with their
education. In the academic performance results, the majority of the students
reported a fair classification (64.25% of the students), in this case, a score
enough to pass the semester. The type of HEI (weather public or private)
played a significant role to determine student satisfaction and academic
performance. There were no evidences of sex, socioeconomic status or family
size. A significant and positive relationship between student satisfaction and
academic performance was found. Actions are required to improve student’s
Revista científica electrónica de Educación y Comunicación en la Sociedad del Conocimiento
Publicación en línea (Semestral) Granada (España) Época II Año XVIII Vol. 18 (2) Julio-Diciembre de 2018 ISSN: 1695-324X
https://revistaseug.ugr.es/index.php/eticanet
DOI: http://dx.doi.org/10.30827/eticanet.v18i2.11894
319
satisfaction and academic performance, with special attention to the
improvements of service quality offered by the HEI in the City of Beira.
Palavras-chaves: Satisfação estudantil, rendimento académico, contexto
universitário
Palabras clave: Satisfacción estudiantil, rendimiento académico, contexto
universitario
Keywords: Students satisfaction, Academic performance, University
environment
Introdução
A avaliação da satisfação dos estudantes com a educação que recebem é um
elemento imprescindível na avaliação da qualidade da Educação (Gento
Palacios & Vivas García, 2003). Nos últimos anos, o estudo da satisfação na
sociedade converteu-se num instrumento de crescente valor, para a melhoria
de produtos, para a venda de serviços ou para realizar investigações na área,
devendo as organizações buscar como meta a atingir, atrair e manter clientes
de forma sistemática, pois estes são a fonte indispensável para a sobrevivência
e desenvolvimento consistente da entidade (Illesca & Cabezas, 2006). A
satisfação escolar é definida como sendo “a coincidência entre a percepção
que os alunos têm sobre o contexto educativo e a importância que este lhe
brinda a cada aspecto", esperando-se assim comprovar a hipótese de que um
autoconceito positivo elevado está intrinsecamente relacionado com um alto
rendimento académico, e que as expectativas positivas sobre a universidade se
associam também a um alto rendimento académico (Cabrera & Galán, 2002).
Pode-se alcançar um estado de satisfação académica quando os estudantes
tenham cumprido ou preenchido certos requisitos ou exigências, estabelecidos
por eles ou pela instituição educativa, satisfação que vai ser alcançada através
da sua participação em actividades curriculares e extracurriculares que
aumentam a probabilidade de persistência até a graduação (Rojas & Cortés,
2002; Alves & Raposo, 2004). Os alunos são a principal referência para medir a
qualidade do ensino porque a qualidade aparece relacionada com o seu grau
Revista científica electrónica de Educación y Comunicación en la Sociedad del Conocimiento
Publicación en línea (Semestral) Granada (España) Época II Año XVIII Vol. 18 (2) Julio-Diciembre de 2018 ISSN: 1695-324X
https://revistaseug.ugr.es/index.php/eticanet
DOI: http://dx.doi.org/10.30827/eticanet.v18i2.11894
320
de satisfação, sendo os alunos as pessoas que estão directamente vinculadas
ao processo educativo (López, 1996; Marchesi & Martín, 1998; Rojas & Cortés
(2002). Aqui é necessário enfatizar que a satisfação dos estudantes é o eixo
central de todos os processos que se desenvolvem nas Universidades, pois a
sua principal função substantiva é a docência centrada neles, um objetivo que
vai ser cumprido mediante a sua satisfação e persistência nas IES (Salinas
Gutiérrez & Martínez Camblor, 2007). Indo ainda na vertente do papel do
estudante, Ivancevich & Ivancevich (1992) destaca que no ensino superior
deve-se ver ao estudante como um consumidor a quem deve ser prestado um
serviço, por ser este uma importante fonte de informação para a avaliação
contínua de qualquer Instituição educativa. Sustentando o exposto
anteriormente, Taimo (2010) vinca a ideia de que é o público consumidor que
deve fazer uma avaliação sistemática da sua satisfação pelos serviços
oferecidos pela Instituição a qual se dirige em busca de serviços. Portanto, é
extremamente importante e saudável encontrar formas confiáveis de medir o
grau de satisfação do aluno no ensino universitário, permitindo assim às
instituições de ensino conhecer a sua realidade, e a comparar com a realidade
dos outros competidores (Alves & Raposo, 2004). Fica portanto evidente que
os estudantes são os actores que melhor podem avaliar à Instituição, pois as
suas percepções, expectativas, necessidades e outros factores, podem servir
como indicadores da melhoria da gestão e do desenvolvimento dos programas
académicos (Zas, 2002, citado por González, Carrillo & Zepeda, 2011). Como
foi mencionado anteriormente, o estudo da satisfação com a educação e o
rendimento académico em estudantes de IES públicas e privadas da Cidade da
Beira, Moçambique aliado à qualidade de serviço é de vital importância para
conhecer o grau da qualidade dos processos educativos em geral, por serem
os estudantes universitários protagonistas do papel fundamental que o Ensino
Superior desempenha para o desenvolvimento sociocultural e económico do
país.
Propósito
Identificar o grau de satisfação com a educação recebida e o rendimento
académico em estudantes universitários.
Revista científica electrónica de Educación y Comunicación en la Sociedad del Conocimiento
Publicación en línea (Semestral) Granada (España) Época II Año XVIII Vol. 18 (2) Julio-Diciembre de 2018 ISSN: 1695-324X
https://revistaseug.ugr.es/index.php/eticanet
DOI: http://dx.doi.org/10.30827/eticanet.v18i2.11894
321
Metodologia
Amostra
Optou-se pela amostragem probabilística aleatória estratificada de afixação
proporcional, no qual se tentou assegurar que o número de elementos da
amostra de cada estrato fosse directamente proporcional ao tamanho do
estrato dentro da população total dos estudantes. Da tabela 1 pode-se deduzir
que do total dos participantes do estudo, 74 estudantes são Instituto Superior
de Ciência e tecnologia Alberto Chipande (ISCTAC), 75 da Universidade
Católica de Moçambique (UCM), duas IES privadas. Outros 104 estudantes
pertencem a Universidade Zambeze (UniZambeze) e 147 à Universidade
Pedagógica, Delegação da Beira (UP-Beira), estas últimas IES públicas.
Tabela1. Características da amostra
Instituição
1° ano
2° ano
3° ano
4° ano
Total
Masc
Fem
Masc
Fem
Masc
Fem
Masc
Fem
Masc
Fem
ISCTAC
5
6
5
8
15
18
4
13
29
45
UCM
6
11
0
4
14
19
13
8
33
42
Unizambeze
15
12
13
14
14
11
17
8
59
45
UP-Beira
39
8
26
13
23
5
22
11
110
37
Total
65
37
44
39
66
53
56
40
231
169
Para a determinação da amostra foi estimado um nível de confiança de 95% e
um erro de amostra admitido de 5%. Considerou-se o ano de frequência como
critério de estratificação, e procurou-se garantir a igualdade de
representatividade entre a população estudantil masculina e a feminina (tabela
1). Em geral, foram 400 estudantes de quatro IES (231 do sexo masculino e
169 do sexo feminino).
Instrumentos
O instrumento usado para apurar a satisfação estudantil, o SEUE, é
originalmente composto por 93 (93) itens, distribuídos em dez (10) dimensões,
respondidas com uma escala de estimação de 5 pontos: 1 Totalmente
Revista científica electrónica de Educación y Comunicación en la Sociedad del Conocimiento
Publicación en línea (Semestral) Granada (España) Época II Año XVIII Vol. 18 (2) Julio-Diciembre de 2018 ISSN: 1695-324X
https://revistaseug.ugr.es/index.php/eticanet
DOI: http://dx.doi.org/10.30827/eticanet.v18i2.11894
322
insatisfeito, 2 Pouco satisfeito, 3 Insatisfeito, 4 Bastante satisfeito, e 5
Muito satisfeito. O questionário foi construído como parte de uma investigação
mais ampla que visava avaliar a satisfação dos estudantes do curso de
Educação da Universidade de Los Andes Táchira, Venezuela.
Para este estudo procedeu-se à validação contextual do SEUE, que reduziu o
número de itens para 88 embora mantendo dez dimensões a saber:
1 - Satisfação pela dinâmica do Processo de ensino e aprendizagem;
2 - Satisfação com os serviços e sua qualidade;
3 - Satisfação pelo acesso aos serviços;
4 - Satisfação pelo reconhecimento do êxito pessoal;
5 - Satisfação Pela segurança emocional pelo tratamento afectuoso dado;
6 - Satisfação pela assistência institucional;
7 - Satisfação pelo reconhecimento dado no ambiente universitário;
8 - Satisfação pela disposição e diversidade de;
9 - Satisfação pelos serviços básicos;
10 - Satisfação pelo impacto produzido.
A avaliação da Satisfação é obtida segundo a seguinte pontuação: Totalmente
insatisfeito: de 0 a 88 pontos; Pouco satisfeito: entre 89 e 176 pontos;
Satisfeito: entre 177 e 264; Bastante satisfeito: entre 265 e 352; Totalmente
satisfeito: entre 353 e 440 pontos. O valor total da apreciação dos estudantes
foi calculado pelo quociente do somatório das avaliações feitas em cada um
dos 88 itens que compõem o questionário entre o número de questionários
aplicados, de acordo com a fórmula abaixo:
Grau de satisfação = V / N
Onde:
V = Somatório da avaliação em cada um dos 88 itens que conformam o
questionário;
N = Número de questionários aplicados.
Os resultados do teste de confiabilidade do Questionário SEUE (dimensões)
mostram valores do Alfa de Cronbach satisfatórios. Igualmente, o valor global
Revista científica electrónica de Educación y Comunicación en la Sociedad del Conocimiento
Publicación en línea (Semestral) Granada (España) Época II Año XVIII Vol. 18 (2) Julio-Diciembre de 2018 ISSN: 1695-324X
https://revistaseug.ugr.es/index.php/eticanet
DOI: http://dx.doi.org/10.30827/eticanet.v18i2.11894
323
do Alpha de Cronbach foi muito satisfatório (.977), o que evidencia uma
excelente consistência interna do instrumento (tabela 2).
Tabela 2. Resultados do teste de confiabilidade do questionário SEUE
Dimensões da Satisfação
Itens
α
1
Pela dinâmica do processo de ensino e aprendizagem
19
.933
2
Com os serviços e sua qualidade
15
.919
3
No acesso aos serviços
8
.833
4
Pelo reconhecimento do êxito pessoal
15
.952
5
Pela segurança emocional pelo tratamento afetuoso dado
6
.823
6
Pela assistência institucional
4
.856
7
Pelo reconhecimento dado no ambiente universitário
9
.884
8
Pela disposição e diversidade de
4
.887
9
Pelos serviços básicos
6
.855
10
Pelo impacto produzido
2
.839
Total
Satisfação total
88
.977
Análise estatística dos dados
A análise de dados da satisfação estudantil e do rendimento académico for
realizado com base no pacote estatístico SPSS 21. Através deste programa
foram aplicadas a estatística descritiva (média e desvio padrão, tabulações
cruzadas dos dados), e as análises correlacionais bivariadas (correlações de
Pearson) para o estudo das relações entre a satisfação estudantil, rendimento
académico, o estado civil, sexo, ESE, ano de frequência, regime de estudo. Em
todo este processo o nível de significância foi fixado em 0,05.
Resultados e discussão
A análise descritiva dos dados mostrou que dos 400 estudantes que constituem
a amostra do presente estudo, 169 do sexo feminino e outros 231 do sexo
masculino. A média de idades é de 25.78±6.85 anos, sendo que a maioria s
(89%) são solteiros embora alguns vivam maritalmente. 69.5% dos
estudantes vivem na zona urbana e 86% beneficiavam de bolsa para os
estudos. Foi possível também comprovar que 65.75% dos estudantes
envolvidos no estudo eram de um ESE baixo. Os resultados da satisfação
Revista científica electrónica de Educación y Comunicación en la Sociedad del Conocimiento
Publicación en línea (Semestral) Granada (España) Época II Año XVIII Vol. 18 (2) Julio-Diciembre de 2018 ISSN: 1695-324X
https://revistaseug.ugr.es/index.php/eticanet
DOI: http://dx.doi.org/10.30827/eticanet.v18i2.11894
324
estudantil reflectem uma avaliação de “Satisfeito“ quanto à educação recebida.
Por dimensões, a avaliação mais alta foi atribuída à dimensão “Satisfação pelo
reconhecimento do êxito pessoal”, com uma avaliação de Bastante satisfeito
(tabela 3). A menor avaliação foi notada nas dimensões Satisfação Pela
segurança emocional pelo tratamento afectuoso dado”, Satisfação pela
assistência institucional e Satisfação pela disposição e diversidade (Pouco
satisfeito).
Tabela 3. Dados descritivos gerais da satisfação por dimensão
Dimensões da satisfação
M
DP
Pela dinâmica do processo de ensino e aprendizagem
55.58
14.18
Com os serviços e sua qualidade
35.77
10.84
No acesso aos serviços
17.84
6.09
Pelo reconhecimento do êxito pessoal
48.62
11.37
Pela segurança emocional pelo tratamento afetuoso dado
12.11
4.87
Pela assistência institucional
8.89
2.92
Pelo reconhecimento dado no ambiente universitário
26.71
6.94
Pela disposição e diversidade de
8.68
3.10
Pelos serviços básicos
14.92
4.48
Pelo impacto produzido
6.21
1.92
Satisfação geral
235.33
53.39
Por IES (em função do sexo), também foi constatado que os estudantes
entrevistados mostram-se em geral satisfeitos com a educação recebida
(tabela 4). O maior índice de satisfação é verificado na Universidade Católica
de Moçambique (UCM) onde os estudantes onde os estudantes manifestaram
uma alta satisfação (na satisfação geral e no sexo feminino).
Tabela 4. Dados descritivos gerais da satisfação em função das IES e sexo
Instituição
N
Sexo
M
DP
Unizambeze
59
Masculino
224.97
42.87
45
Feminino
210.78
45.33
104
Total
218.83
44.30
UP-Beira
110
Masculino
233.09
51.74
37
Feminino
232.57
49.42
147
Total
232.96
51.00
UCM
33
Masculino
263.21
46.05
42
Feminino
272.83
48.69
Revista científica electrónica de Educación y Comunicación en la Sociedad del Conocimiento
Publicación en línea (Semestral) Granada (España) Época II Año XVIII Vol. 18 (2) Julio-Diciembre de 2018 ISSN: 1695-324X
https://revistaseug.ugr.es/index.php/eticanet
DOI: http://dx.doi.org/10.30827/eticanet.v18i2.11894
325
75
Total
268.60
47.47
ISCTAC
29
Masculino
244.34
55.47
45
Feminino
219.93
63.52
74
Total
229.50
61.29
Total
231
Masculino
236.73
50.51
169
Feminino
233.41
57.20
400
Total
235.33
53.39
Quando analisada quanto ao ano de frequência escolar, constata-se um
cenário idêntico as análises anteriores, onde os estudantes mostraram uma
satisfação moderada (satisfeitos) com a educação recebida nas IES da Cidade
da Beira, Moçambique (tabela 5). Não houve divergências na avaliação dos
estudantes, tanto do primeiro como dos restantes anos. Em geral, os
resultados até este ponto evidenciados (satisfação moderada), encontram um
substancial suporte na apreciação percentual da satisfação geral reportada na
tabela 6. Dos dados percentuais da satisfação estudantil, pode-se verificar que
as maiores percepções foram “Satisfeito” (59%), seguindo-se “Bastante
satisfeito” (24.25%), “Pouco satisfeito” (14.5%). As baixas percepções foram
“Totalmente satisfeito (2.25%) e “Totalmente insatisfeito” (0%). Estes
pressupostos substanciam a classificação geral da satisfação estudantil de
moderada.
Tabela 5. Dados descritivos da satisfação em função do ano de frequência escolar
Ano de frequência
N
Sexo
M
DP
Primeiro ano
65
Masculino
225.52
42.66
37
Feminino
226.49
41.75
102
Total
225.87
42.13
Segundo ano
44
Masculino
235.64
58.15
39
Feminino
233.90
64.18
83
Total
234.82
60.68
Terceiro ano
66
Masculino
250.80
56.29
53
Feminino
234.72
65.10
119
Total
243.64
60.64
Quarto ano
56
Masculino
234.02
42.06
40
Feminino
237.60
52.48
96
Total
235.51
46.45
Revista científica electrónica de Educación y Comunicación en la Sociedad del Conocimiento
Publicación en línea (Semestral) Granada (España) Época II Año XVIII Vol. 18 (2) Julio-Diciembre de 2018 ISSN: 1695-324X
https://revistaseug.ugr.es/index.php/eticanet
DOI: http://dx.doi.org/10.30827/eticanet.v18i2.11894
326
Tabela 6. Dados percentuais da satisfação pela Educação recebida
Avaliação
Frequência
%
Quantitativa
Qualitativa
0 88
Totalmente insatisfeito
0
0
89 176
Pouco satisfeito
58
14.5
177 264
Satisfeito
236
59
265 352
Bastante satisfeito
97
24.25
353 440
Totalmente satisfeito
9
2.25
Quanto aos resultados do rendimento académico, apuram-se avaliações
satisfatórias (uma avaliação qualitativa de suficiente) nas quatro IES
investigadas. Segundo o Sistema Nacional de Educação de Moçambique, uma
avaliação suficiente corresponde ao intervalo de dez a treze valores numa
escala de zero a vinte valores. Da tabela 7 pode-se concluir que as notas mais
baixas foram registadas na Unizambeze (10.08±3.21) e as mais altas
registadas no ISCTAC (11.18±2.66). Vários estudos têm destacado altos níveis
de satisfação (Bardagi & Paradiso, 2003; Rodríguez, Guerra & Martínez, 2009;
Fuentes, Gurría & Martínez, 2015; Boza & Escoto, 2018). Outros estudos
(Watson Vega, 2013; Pérez Gómez, 2016; Mieles & Delgado, 2017; Surdez,
Sandoval & Lamoyi, 2018; Simões & Fávero, 2000; González, Alvarado,
Delgado, Galindo & Rodríguez, 2011) destacaram a existência de níveis de
insatisfação dos estudantes com respeito a diferentes aspectos do seu
processo de aprendizagem. Estudos realizados em Moçambique
demonstraram insatisfação estudantil em aspectos relacionados com a sua
trajectória escolar (Donaciano & Almeida, 2011). Em contrapartida, outros
estudos também realizados em contexto moçambicano espelharam resultados
satisfatórios (Maleane, 2013; Maputere, 2015), facto que evidenciou algumas
melhorias no ensino superior em Moçambique se comparados com os
resultados do presente estudo.
Tabela 7. Dados descritivos do rendimento académico em função da IES
Instituição
N
M
DP
Unizambeze
104
10.08
3.21
UP-Beira
147
11.23
2.01
UCM
75
11.79
2.96
ISCTAC
74
12.01
2.07
Total
400
11.18
2.66
Revista científica electrónica de Educación y Comunicación en la Sociedad del Conocimiento
Publicación en línea (Semestral) Granada (España) Época II Año XVIII Vol. 18 (2) Julio-Diciembre de 2018 ISSN: 1695-324X
https://revistaseug.ugr.es/index.php/eticanet
DOI: http://dx.doi.org/10.30827/eticanet.v18i2.11894
327
Os dados percentuais do rendimento académico (tabela 8), apurados segundo
a escala de avaliação do Sistema de Educação de Moçambique, mostram em
geral que a maior parte dos estudantes (257 estudantes, equivalente a 64.25%)
registou uma avaliação suficiente o que suporta os dados anteriores do
rendimento académico. Dos 257 estudantes, 145 são do sexo masculino e os
outros 112 do sexo feminino. Das quatro IES do estudo, as duas públicas
(Unizambeze, 104, e UP-Beira, 147) foram as que registaram um maior número
de estudantes avaliados de suficiente. Estudos realizados em Moçambique
reportam a fraca qualidade do ensino como sendo o principal responsável pelo
rendimento académico deficiente, devido a existência de inúmeros problemas
relacionados com as pobres condições das infra-estruturas ou mesmo do
mobiliário das escolas, professores mal qualificados, o elevado rácio professor-
aluno, entre outros factores (Lobo & Nhezê, 2008; Albasini, 2011; Guibundana,
2013; Nhanisse, 2014; Beira, Vargas, & Gonçalo (2015). Este facto é também
suportado por outros autores que apontam o rendimento académico como
sendo altamente multicausal e complexo, sendo o produto da interacção de
múltiplos factores sociais, pessoais, institucionais e académicos que podem
variar dependendo da população, o que sugere que ao conhecer-se a realidade
dos estudantes no momento do seu ingresso no ensino superior se agilizem os
mecanismos mais eficazes para promover o seu bem-estar e potenciar o seu
sucesso académico (Brites, Seco, Canastra, Dias, & Abreu, 2010; Garbanzo
Vargas, 2013).
Tabela 8. Dados percentuais do rendimento académico segundo a escala de avaliação
Avaliação
Masculino
Feminino
Total
%
N
%
N
%
0-9
46
11.5
38
9.5
84
21
10-13
145
36.25
112
28
257
64.25
14-16
36
9
19
14.75
55
13.75
17-18
4
1
0 (0)
0
4
1
19-20
0
0
0
0
0
0
Total
231
57.75
169
42.25
400
100
Legenda: 0-9 (Mau); 10-13 (Suficiente); 14-16 (Bom); 17-18 (Muito bom); 19-20 (Excelente)
Revista científica electrónica de Educación y Comunicación en la Sociedad del Conocimiento
Publicación en línea (Semestral) Granada (España) Época II Año XVIII Vol. 18 (2) Julio-Diciembre de 2018 ISSN: 1695-324X
https://revistaseug.ugr.es/index.php/eticanet
DOI: http://dx.doi.org/10.30827/eticanet.v18i2.11894
328
Estes resultados do rendimento académico demonstram que as IES deverão
promover um contexto facilitador de experiências de exploração e investimento
vocacionais, capacitando os sujeitos para autonomamente assumirem o futuro
das suas vidas através do seu desenvolvimento pessoal e social (Monteiro &
Gonçalves, 2011). Yepes, Salazar, Arrubla, Marín, Martínez, Tobón, & Hoyos
(2009) sugerem que as IES ofereçam uma maior flexibilidade curricular nos
seus programas educativos, com especial destaque para os seus horários
como alternativa para reduzir a deserção estudantil e maximizar o rendimento
académico. Na opinião de Meneses (2016), urge às universidades africanas
buscar meios para o atendimento das demandas internas e externas
relacionadas com o rendimento académico dos estudantes, um desempenho
que deve estar orientado para um desenvolvimento endógeno e sustentável de
África, o que conferiria às universidades, uma garantia na formação de quadros
altamente qualificados e que responderiam às exigências do público que as
frequenta e do país onde funcionam. Em Moçambique, nota-se um esforço por
parte dos professores nas IES para suprir as dificuldades apresentadas pelos
seus estudantes (Momade, Peixoto, & Civard, 2010). O exposto anteriormente
é consubstanciado pelo facto do clima docente educativo tal como outros
factores que actuam no seio das IES, remeter à existência de bons
desempenhos e a satisfação pessoal de todos os membros (Matsinhe &
Pessula, 2018). Os resultados da relação entre a satisfação e as variáveis
sócio demográficas (tabela 9) mostrou uma correlação bastante significativa
entre a satisfação e as IES (r=.150; Sig.< 0.01), o que sugere o impacto da IES
sobre o nível de satisfação onde o estudante está vinculado. Por sua vez, os
resultados da correlação entre o rendimento académico e a satisfação
estudantil mostram uma relação positiva (r=.098) e significativa (p<0.05) entre
estas duas variáveis a satisfação e o rendimento académico (tabela 10). Foi
evidenciada uma relação positiva (r=.255) e bastante significativa (Sig.<0.001)
entre rendimento académico e o tipo de IES. Quanto a este ultimo aspecto,
recordar que notas académicas relativamente altas foram observadas nas IES
privadas (UCM e ISCTAC).
Tabela 9. Correlação entre a satisfação, IES, Sexo, ESE e o Agregado familiar
Variáveis
N
r
Sig.
IES
400
.150
**
.003
Sexo
400
-.031
.539
ESE
400
.044
.378
Revista científica electrónica de Educación y Comunicación en la Sociedad del Conocimiento
Publicación en línea (Semestral) Granada (España) Época II Año XVIII Vol. 18 (2) Julio-Diciembre de 2018 ISSN: 1695-324X
https://revistaseug.ugr.es/index.php/eticanet
DOI: http://dx.doi.org/10.30827/eticanet.v18i2.11894
329
Agregado familiar
400
-.048
.342
Com resultados semelhantes aos do presente estudo, Tejedor (2003) espelhou
que a satisfação com os estudos era uma variável que complementava o
rendimento académico, através da evidência de uma correlação significativa
entre estas duas variáveis. Evidência idêntica foi apresentada por Fernández,
Fernández, Álvarez & Martínez (2007) que comprovaram que a satisfação dos
estudantes variava directamente com o êxito que estes obtinham, e também
por Sánchez, Marín, & López, 2011) que reportaram uma correlação directa e
moderada entre a satisfação com a carreira elegida e o rendimento académico
percebido.
Tabela 10. Correlação entre o rendimento académico, a satisfação estudantil, o ESE, o sexo e
o tipo de IES
Variáveis
N
R
Sig.
IES
400
.255
**
.000
Sexo
400
-.047
.353
ESE
400
.000
.999
Satisfação
400
.098
*
.049
Outros estudos tem demonstrado o papel determinante do ESE sobre este o
rendimento académico (Montero Rojas, Villalobos Palma, & Valverde
Bermúdez, 2007; Armenta, Pacheco, & Pineda, 2008) embora não haja
nenhuma evidencia da influência desta variável nos resultados aqui
apresentados. Quanto maior o ESE, melhor é o rendimento académico do
estudante universitário. Montero & Villalobos (2004) também constataram a
dependência entre o nível socioeconómico dos estudantes universitários da
Universidade de Costa Rica e o seu rendimento académico. Outro estudo
(Acevedo & Romero, 2011) assinala que quanto maior forem o ESE e a idade
dos estudantes, maior é o rendimento acadêmico. Também, o facto dos
estudantes serem provenientes de outros lugares fora da cidade enfraquece o
rendimento escolar. A variável sociodemográfica sexo em particular, também
condiciona o rendimiento académico percebido pelo estudiante (Montero &
Villalobos, 2004; nchez, Marín, & López, 2011). Outros estudos sugerem um
rendimento diferencial devido às diferenças no estilo de aprendizagem de
homens e mulheres (Aleman, 1997). Em outros contextos no foram achadas
Revista científica electrónica de Educación y Comunicación en la Sociedad del Conocimiento
Publicación en línea (Semestral) Granada (España) Época II Año XVIII Vol. 18 (2) Julio-Diciembre de 2018 ISSN: 1695-324X
https://revistaseug.ugr.es/index.php/eticanet
DOI: http://dx.doi.org/10.30827/eticanet.v18i2.11894
330
diferenças significativas entre o sexo e o rendimento (Clifton, Perry, Stubbs, &
Roberts, 2004; Arias & Flores, 2005). Mesmo que no presente estudo não se
tenham evidenciado diferenças no rendimento acadêmico entre sexos, que
referir que a literatura mostra evidencias empíricas da tendência das mulheres
obterem melhor desempenho que os homens (Fernández, 1996; Rodríguez,
Fita, & Torrado (2004).
Conclusões
A partir dos resultados obtidos reportam nos estudantes um nível de satisfação
pela educação recebida moderado, facto que também é notado em função do
sexo, ano de frequência e por IES. Quanto ao rendimento académico, percebe-
se uma classificação de suficiente que segundo o Sistema educativo de
Moçambique equivale a uma nota mínima para aprovar. Foi constatado que o
tipo de IES é um factor determinante da satisfação estudantil e do rendimento
académico. Reportou-se ainda uma relação significativa e positiva entre a
satisfação e o rendimento académico. Os resultados do presente estudo
encorajam a tomada de decisões para melhorar a satisfação estudantil e o
rendimento escolar dadas as condições das infra-estruturas de muitas IES na
Cidade da Beira em particular, destacando-se neste aspecto aquelas decisões
relativas à melhoria da qualidade dos serviços oferecidos nas IES da Cidade da
Beira. Nesta perspectiva, são necessários mais estudos que relacionem a
satisfação estudantil, o rendimento académico e a qualidade de serviços nas
IES no contexto moçambicano.
Referências Bibliográficas
Abadal, E. (2012). Retos de las revistas en acceso abierto: cantidad, calidad y
sostenibilidad económica. Disponible en:
http://www.upf.edu/hipertextnet/numero-10/retos-revistas-en-acceso-
abierto.html. [Consulta 2015, Agosto 15].
Acevedo, G. A. V., & Romero, M. L. (2011). Relación entre variables
psicosociales y rendimiento académico en estudiantes de primer
semestre de Psicología. Educación y Desarrollo Social, 5(1), 41-54.
Revista científica electrónica de Educación y Comunicación en la Sociedad del Conocimiento
Publicación en línea (Semestral) Granada (España) Época II Año XVIII Vol. 18 (2) Julio-Diciembre de 2018 ISSN: 1695-324X
https://revistaseug.ugr.es/index.php/eticanet
DOI: http://dx.doi.org/10.30827/eticanet.v18i2.11894
331
Albasini, A. M. D. C. (2011). aLer+ nas Escolas do Sistema de Ensino de
Moçambique. Tese de doutoramento. Instituto de Educação.
Universidade de Lisboa, Portugal. Recuperado de:
http://repositorio.ul.pt/bitstream/10451/6260/1/ulfpie039989_tm.pdf
Aleman, A. M. M. (1997). Understanding and Investigating Female Friendship's
Educative Value. Journal of Higher Education, 68(2), 119-59.
Alves, H., & Raposo, M. (2004). La medición de la satisfacción en la enseñanza
universitaria: El ejemplo de la universidade da beirainterior. International
Review on Public and Nonprofit Marketing, 1(1), 73-88. DOI
https://doi.org/10.1007/BF02896618
Arias, F., & Flores, M. A. (2005). La satisfacción de los estudiantes con su
carrera y su relación con el promedio y el sexo. El caso de la carrera de
contaduría de la Universidad Veracruzana en Nogales, Veracruz. Hitos
de Ciencias Económico Administrativas, 29(1), 9-14.
Armenta, N. G., Pacheco, C. C., & Pineda, E. D. (2008). Factores
socioeconómicos que afectan el desempeño académico en los
estudiantes universitarios de la Facultad de Ciencias Humanas de la
Universidad Autónoma de Baja California. Revista de investigación en
psicología, 11(1), 153-165.
Beira, J. C., Vargas, S. M. L., & Gonçalo, C. R. (2015). Gestão de qualidade do
ensino básico em Moçambique: um estudo em escolas primárias e
públicas. Navus-Revista de Gestão e Tecnologia, 5 (4), 65-77.
Brites, J. F., Seco, G. M. D. S. B., Canastra, F. A. C., Dias, M. I. P. S., & Abreu,
M. O. (2010). (In) sucesso académico no ensino superior: factores e
estratégias de intervenção. In I Congresso nacional da RESAPES-AP,
152-159.
Cabrera, P., & Galán, E. (2002). Satisfacción escolar y rendimiento
académico. Revista de Psicodidáctica, (14), 87-98. DOI:
http://dx.doi.org/10.1387/RevPsicodidact.142
Clifton, R. A., Perry, R. P., Stubbs, C. A., & Roberts, L. W. (2004). Faculty
environments, psychosocial dispositions, and the academic achievement
of college students. Research in Higher Education, 45(8), 801-828.
http://dx.doi.org/10.1007/s11162-008-9104-9
Fernández, A. G. (1996). Comprensión lectora y rendimiento académico.
Revista galega de psicopedagoxía, 9(13), 209-224.
Revista científica electrónica de Educación y Comunicación en la Sociedad del Conocimiento
Publicación en línea (Semestral) Granada (España) Época II Año XVIII Vol. 18 (2) Julio-Diciembre de 2018 ISSN: 1695-324X
https://revistaseug.ugr.es/index.php/eticanet
DOI: http://dx.doi.org/10.30827/eticanet.v18i2.11894
332
Garbanzo Vargas, G. M. (2013). Factores asociados al rendimiento académico
en estudiantes universitarios desde el nivel socioeconómico: Un estudio
en la Universidad de Costa Rica. Revista Electrónica Educare, 17(3), 57-
87. DOI: https://doi.org/10.15517/revedu.v31i1.1252
García, J. (2008). El profesor de educación superior frente a las demandas de
los nuevos debates educativos. En Perfiles Educativos, vol. 27, núm. 108,
pp. 9-30.
Gento Palacios, S., & Vivas García, M. (2003). El SEUE: un instrumento para
conocer la satisfacción de los estudiantes universitarios con su
educación. Acción pedagógica, 12(2), 16-27.
González, A. J., Carrillo, B. T., & Zepeda, F. J. R. (2011). Evaluación de la
satisfacción académica de los estudiantes de la Universidad Autónoma
de Nayarit. Revista Fuente, 3(6), 46-56.
Guibundana, D. H. (2013). Gestão da implementação do novo currículo de
ensino básico em Moçambique: o caso das escolas do distrito municipal
Kamaxakeni. Dissertação de Mestrado não publicada, Universidade
Federal de Juíz de Fora, Brasil.
Illesca, P. M., & Cabezas, G. M. (2006). Satisfacción de los estudiantes en
relación con la docencia y administración carrera de Enfermería
Universidad de La Frontera. Rev. Educ. Cienc. Salud; 3 (2): 82-88
Ivancevich, D. M., & Ivancevich, S. H. (1992). TQM in the
classroom. Management Accounting (USA), 74(4), 14-16.
Lobo, M. F., & Nhezê, I.l C. (2008). Qualidade de Ensino no Primário, Maputo
Movimento de Educação Para Todos. Recuperado de:
http://www.mept.org.mz/
López, F. (1996). La gestión de Calidad en Educación. Madrid: La Muralla.
Marchesi, A., & Martín, E. (1998). Calidad de la enseñanza en tiempos de
cambio. Madrid: Alianza.
Matsinhe, C. A., & Pessula, P. A. (2018). Clima Docente na Percepção dos
Discentes do Curso de Educação Física da Universidade Pedagógica:
Um Aspecto Chave na Melhoria da Qualidade de Formação Profissional.
PODIUM Sport, Leisure and Tourism Review, 7(1), 127-144. DOI:
https://doi.org/10.5585/podium.v7i1.250
Meneses, M. P. (2016). As ciências sociais no contexto do Ensino Superior em
Moçambique: dilemas e possibilidades de descolonização. Perspectiva,
34(2), 338-364.
Revista científica electrónica de Educación y Comunicación en la Sociedad del Conocimiento
Publicación en línea (Semestral) Granada (España) Época II Año XVIII Vol. 18 (2) Julio-Diciembre de 2018 ISSN: 1695-324X
https://revistaseug.ugr.es/index.php/eticanet
DOI: http://dx.doi.org/10.30827/eticanet.v18i2.11894
333
Momade, S. I., Peixoto, J., & Civardi, J. A. (2010). O uso das Tecnologias de
Informação e Comunicação pelos professores de Matemática da
Universidade Pedagógica de Moçambique-Delegação de Nampula. Tese
de mestrado não publicada. Universidade Federal de Goiás.
Monteiro, A. M., & Gonçalves, C. M. (2011). Desenvolvimento vocacional no
ensino superior: satisfação com a formação e rendimento académico.
Revista Brasileira de Orientação Profissional, 12(1), 15-27.
Montero Rojas, E., Villalobos Palma, J., & Valverde Bermúdez, A. (2007).
Factores institucionales, pedagógicos, psicosociales y
sociodemográficos asociados al rendimiento académico en la
Universidad de Costa Rica: un análisis multinivel. RELIEVE. Revista
Electrónica de Investigación y Evaluación Educativa, 13(2), 215-234.
https://doi.org/10.1142/S021819401440004X
Nhanisse, C. R. (2014). Formação continuada em serviço: enunciados dos
professores sobre seu percurso formativo na relação com o fazer
pedagógico. Dissertação de Mestrado não publicada, Universidade
Federal de Rio Grande do Sul, Brasil.
Rodríguez, S., Fita, E., & Torrado, M. (2004). El rendimiento académico en la
transición secundaria-universidad. Revista de educación, 334(1), 391-
414.
Rojas, G., & Cortés, J. (2002). La calidad académica vista por los estudiantes.
Revista de la Educación Superior, 122, 49-63.
Salinas Gutiérrez, A., & Martínez Camblor, P. (2007). Principales factores de
satisfacción entre los estudiantes universitarios. La Unidad Académica
Multidiciplinaria de Agronomía y Ciencias de la UAT. Revista
Internacional de Ciencias Sociales y Humanidades, SOCIOTAM, 17(1),
163-192.
Sánchez, D. G., Marín, R. O., & López, Y. E. (2011). Factores que influyen en
el rendimiento académico del estudiante universitario. TECNOCIENCIA
Chihuahua, 5(2). 90-97. DOI: http://dx.doi.org/10.15446/rcp.v25n1.46921
Taimo, J. U. (2010). Ensino superior em Moçambique: história, política e
gestão. Tese doutoral não publicada. Universidade Metodista de
Piracicaba.
Tejedor, F. J. T. (2003). Poder explicativo de algunos determinantes del
rendimiento en los estudios universitarios. Revista española de
pedagogía, 5-32.
Revista científica electrónica de Educación y Comunicación en la Sociedad del Conocimiento
Publicación en línea (Semestral) Granada (España) Época II Año XVIII Vol. 18 (2) Julio-Diciembre de 2018 ISSN: 1695-324X
https://revistaseug.ugr.es/index.php/eticanet
DOI: http://dx.doi.org/10.30827/eticanet.v18i2.11894
334
Yepes, F. L., Salazar, M. B., Arrubla, J., Marín, L. M., Martínez, M., Tobón, C.,
& Hoyos, A. M. (2009). Factores causales de la deserção estudiantil en
el pregrado de la Facultad de Odontología de la Universidade de
Antioquia de1997 a 2004. Revista Facultad de Odontología Universidade
de Antioquia, 19(1).
Watson Vega, V. (2013). El nivel de satisfacción con la calidad educativa
percibida por estudiantes de un programa de psicología. Tesis de
licenciatura no publicada. Pontifica Universidad Católica del Peru.
Pérez Gómez, A. E. (2016). Percepción de los estudiantes de cuarto y quinto
año de Odontología UNAN, Managua con respecto a la calidad de los
programas de la carrera. Tese doutoral não publicada. CIES UNAN-
Managua.
Mieles, J. L. A., & Delgado, E. A L. (2017). La satisfacción de los estudiantes
de Psicopedagogía con la metodología docente: un estudio diagnóstico.
II Jornada De Investigación Universidad Tecnológica Empresarial de
Guayaquil. Revista Ciencia y Tecnologia.
Surdez, E. G., Sandoval, M del C. y Lamoyi, C. L. (2018). Satisfacción
estudiantil en la valoración de la calidad educativa universitaria.
Educación y Educadores, 21(1), 9-26. DOI:
https://doi.org/10.5294/edu.2018.21.1.1
Simões, A. L. D. A., & Fávero, N. (2000). Aprendizagem da liderança: opinião
de enfermeiros sobre a formação acadêmica. Rev. latinoam.
enferm, 8(3), 91-96.
González, C. V. M., Alvarado, J. I. U., Delgado, R. M., Galindo, C. E. M., &
Rodríguez, E. D. R. (2011). Satisfacción académica con el ABP en
estudiantes de licenciatura de la Universidad de Colima, México. Revista
Intercontinental de Psicología y Educación, 13(1), 29-44.
García, J. (2008). El profesor de educación superior frente a las demandas de
los nuevos debates educativos. En Perfiles Educativos, vol. 27, núm. 108,
pp. 9-30.